domingo, 23 de dezembro de 2012

Nonada. O começo de tudo.

“Uma dose de cada, por favor!
E a existência pra quem fica?
Conflitos.”

Como começar melhor do que com o começo, o começo de tudo? Dia 25/08/10, Gabriela Raimann, colega, amiga, me mandou esses versos.

Era uma brincadeira. Bobagem. Havia perguntado se preferia a “Razão ou a Emoção”, um dos temas da redação de um vestibular.

Mas a velocidade dos versos, o abismo entre eles pararam na minha cabeça. Ou melhor: se movimentaram. Esse foi o epicentro da minha ânsia de escrever. Ânsia essa que vem e vai. Como se estivesse num barco. Ou num carro. O lugar não importa. Só espero que esse movimento nauseante não passe. Pelo menos não agora.

Abaixo um dos poemas-frase dela. Pertinente ao momento.

“Escrever é desabafar de si pra si mesmo com toda inconsciência consciente piscando dentro de ti. Refugiar-se é uma forma boa de se defender apoiado em alguma coisa invisível que finge nos sustentar. Somos fracos num mundo de fortes. A buzina atordoa, os sapatos se pisam e o movimento distrai. Parece cenário tudo aquilo que se sente e o chão que se pisa é a vida real. Quando algo te borra, chora. Ora. Implora. Nada mais importa. O céu vira chão e se fica no ar sem flutuar. Sufocante, mas a fortaleza da vida é senti-la intensa. Agradeça ou refugia-te. Como eu.” 
Gabriela Raimann

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